Efeito do Avanço Mandibular no Espaço Aéreo Orofaríngeo
Pesquisadores brasileiros avaliaram o efeito do avanço mandibular no espaço aéreo orofaríngeo após a cirurgia ortognática de avanço mandibular.
Dentre as indicações da cirurgia ortognática para o avanço mandibular, estão a má oclusão, que é uma mordida deficiente na presença de um retrognatismo mandibular moderado ou severo; a estética, característicos em pacientes com a mandíbula posicionada muito para trás, podendo apresentar ausência de linha queixo-pescoço, aparência de um queixo duplo ou até mesmo ausência de queixo no perfil; e a presença da síndrome da apneia obstrutiva do sono.
Neste estudo, o avanço mandibular proporcionou um aumento de até 91% no espaço aéreo orofaríngeo. Estes dados corroboram com diversos outros estudos e pesquisas realizadas e publicadas na literatura científica, que comprovam a eficácia da cirurgia ortognática para o tratamento definitivo da apneia obstrutiva do sono.
Os índices de sucesso ficam em torno de 86% nos casos tratados através da cirurgia ortognática. A cirurgia proporciona ao paciente uma significativa melhora na qualidade de vida e liberdade, pois não ocorre mais a dependência aos aparelhos CPAP, proporcionando mais conforto durante o sono.
A síndrome da apneia obstrutiva, quando diagnosticada como grave, traz severas consequências na vida do paciente, como:
– sonolência diurna;
– hipertensão arterial;
– tonturas;
– depressão;
– letargia;
– dores de cabeça;
– irritabilidade;
– déficit de atenção;
– dores de garganta frequentes.
Essas consequências podem levar o paciente ao coma devido à severidade da hipóxia causada durante o sono. Neste caso, ao invés de o paciente apresentar um sono reparador, apresenta um sono com grandes transtornos.