Forças mastigatórias e contatos na oclusão após a cirurgia ortognática em pacientes padrão III de face

Após um ano da realização da cirurgia ortognática nos pacientes padrão III de face, as forças mastigatórias e os contatos na oclusão são muito superiores se comparadas ao primeiro, terceiro e sexto mês do pós-operatório.

Para realizar este estudo, Moroi e colaboradores da universidade de Yamanashi, no Japão, avaliaram somente mulheres, pois sabe-se que estas possuem uma força menor nos músculos da mastigação devido a diversos fatores, como o fato de possuírem um metro quadrado menor de área nestes músculos.

Esse estudo também comparou pacientes mulheres padrão III com e sem assimetria mandibular (mandíbula desviada para o lado direito ou esquerdo). O curioso é que as pacientes assimétricas, com desvio maior de três graus e meio da mandíbula para um dos lados, obtiveram uma melhora na qualidade das forças e dos contatos oclusais muito superiores às pacientes simétricas.

Apesar dos resultados das pacientes assimétricas serem superiores, essa melhora, porém, só ocorreu somente após um ano do pós-operatório.

Este é o segundo artigo publicado sobre esse assunto no blog da Clínica Juliana Búrigo, pois um dos episódios do pós-operatório das cirurgias ortognáticas é o anseio por parte do paciente, próximo ao terceiro mês do pós-operatório, para que a mastigação apresente-se normal.

A paciência é fundamental nesta fase. Apesar de um correto posicionamento ósseo maxilo-mandibular já no primeiro dia de pós-operatório, o organismo do paciente passa por uma fase de readaptação neuromuscular e diversos estudos comprovam que, geralmente, ela é consolidada no período mínimo de um ano de pós-operatório.

Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


*