Impacto na via aérea posterior entre diferentes técnicas de cirurgia ortognática

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Cirurgiões e ortodontistas de Universidades do Iêmen e do Egito (Al-Moraissi e colaboradores) realizaram uma metanálise para checar o impacto na via aérea posterior (região pela qual o ar que respiramos transita até chegar aos pulmões) entre diferentes métodos de execução da cirurgia ortognática.

   Hoje em dia, sabe-se que, na presença de prognatismo mandibular (mandíbula mais à frente que a maxila), somente 10% dos casos clínicos são conduzidos por meio somente da cirurgia ortognática para o recuo mandibular. A cirurgia ortognática bimaxilar na qual um movimento combinado de avanço maxilar é executado simultaneamente a um recuo mandibular é a alternativa em 40% dos casos clínicos com prognatismo mandibular. Já os 50% restantes de casos clínicos com prognatismo mandibular são solucionados por meio do avanço maxilar.

    Nessa metanálise, a estratégia resultou em 263 artigos, dentre os quais 8 deles qualificaram-se para a revisão final.

    

Dentre os resultados:

1)     O modelo de osteotomia chamado osteotomia sagital bilateral para a realização da cirurgia mandibular provoca uma menor redução da via aérea posterior no pós-operatório que o modelo de osteotomia mandibular chamado osteotomia intraoral vertical;

2)      Quando há risco de desenvolvimento de apnéia obstrutiva do sono, por exemplo, pacientes que apresentam grandes discrepâncias ântero-posteriores ou fatores predisponentes à apneia obstrutiva do sono tais como: pescoço curto, língua e úvulas grandes, excesso de tecidos moles na região nasofaríngea devem ter o  tratamento cirúrgico das suas deformidades dento-esqueléticas conduzido por meio da execução de uma cirurgia ortognática bimaxilar, em que um avanço maxilar será realizado simultaneamente ao recuo mandibular. Tudo isso para que a quantidade de recuo mandibular seja reduzida evitando-se, desta forma, o desenvolvimento de uma apneia obstrutiva do sono no pós-operatório da cirurgia ortognática do cliente, o qual nos procura para ter a sua patologia (deformidade dento-esquelética) corrigida e não pode ter seu tratamento finalizado mediante o surgimento de uma nova patologia (apneia obstrutiva do sono).

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