Análise dos fatores preditivos da anestesia geral no pós-operatório da cirurgia ortognática

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Um estudo realizado pelos Departamentos de Cirurgia Maxilofacial e Ortodontia da Universidade de Ankara, na Turquia, e publicado no International Journal of Oral & Maxillofacial Surgery, no mês de novembro de 2015, focou-se em observar quais as consequências da cirurgia ortognática para o recuo mandibular, sem que houvesse a cirurgia maxilar concomitante, nos fatores que predizem dificuldade de acesso às vias aéreas no pré-operatório de qualquer procedimento cirúrgico sob anestesia geral.

Dentre os fatores analisados estão:

  1. Índice de massa muscular;
  2. Abertura bucal máxima;
  3. Distância entre o osso esterno e o mento;
  4. Distância entre a tiroide e o mento;
  5. Escala de Mallampati.

 

Trinta e sete pacientes diagnosticados como padrão III de face e de oclusão foram submetidos à cirurgia ortognática para o recuo mandibular e acompanhados por dois anos no pós-operatório.

Dentre os fatores analisados, houve um aumento estatisticamente significante do grau de severidade na escala de Mallampati para todos os pacientes operados no estudo. Ou seja, houve uma redução do espaço da via aérea de todos os pacientes no pós-operatório, ao ser analisada através deste indicador (escala de Mallampati).

Dois pacientes do estudo, nos quais foram realizadas as maiores distâncias para o recuo mandibular, desenvolveram apneia obstrutiva do sono no pós-operatório.

O autor Soydan SS e colaboradores sugerem que os planejamentos para a cirurgia ortognática dos pacientes diagnosticados como padrão III de face sejam realizados através de um movimento combinado entre o avanço maxilar e o recuo mandibular ou, até mesmo, somente através do avanço maxilar. Desta forma, não haverá sequelas indesejadas nas vias aéreas posteriores superiores dos pacientes que se submetem a este tipo de procedimento cirúrgico (cirurgia ortognática).

 

OBSERVAÇÃO: A escala de Mallampati (observar foto da postagem) é utilizada para prever a facilidade da intubação de uma anestesia geral. É proposto quatro (04) classificações:

Classe I: Palato mole, fauce, úvula e pilares amigdalianos visíveis;

Classe II: Palato mole, fauce e base da úvula visível;

Classe III: Palato mole visível;

Classe IV: Palato duro visível.

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