Fístula Oroantral ou Comunicação Bucosinusal
A fístula oroantral ou bucosinusal é uma comunicação entre a cavidade bucal e o seio maxilar do paciente. Geralmente, é ocasionada devido a extrações dentárias mal finalizadas ou na presença e após a remoção de cistos e tumores odontogênicos ou não que envolvem esta região anatômica. Fístulas com até em média 3 (três) milímetros de diâmetro tendem a fechar espontaneamente. Fístulas maiores irão necessitar de tratamento cirúrgico para o seu fechamento. O diagnóstico deverá sempre ser concluído através da anamnese, do exame clínico e do exame tomográfico (exame de imagem).
Após a ocorrência do rompimento do assoalho do seio maxilar, dependendo do tamanho desta perfuração, o osteoblasto não conseguirá migrar depositando matriz óssea até a outra margem. Desta forma, ocorre uma epitelização pelo tecido mucoso das bordas do orifício formado, tornando a perfuração um acidente anatômico definitivo o qual comunicará para sempre a cavidade bucal com a cavidade do seio maxilar do paciente.
Sinusite crônica, dores, escape através do nariz de alimentos e bebidas que o paciente ingere através da cavidade bucal são sinais e sintomas que ocorrem na presença de uma comunicação bucosinusal. Voz anasalada e secreções nasais sendo expelidas pela cavidade bucal também são comuns.
É um procedimento cirúrgico que tem seu código de autorização pela CBHMP (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimento Médicos), por isto, a parte hospitalar deve ser autorizada por qualquer plano de saúde. Código: 3.02.02.06-0
Trata-se de uma cirurgia que é um grande dilema para qualquer cirurgião, pois, envolve muito conhecimento sobre manipulação de tecidos duros (ossos) e moles (tecido mucoso e gengival) para que o fechamento da fístula ocorra de forma definitiva, sem recidivas, a fim de evitarmos futuras intervenções cirúrgicas até que o reparo seja completo e definitivo (situação muito comum a depender do grau de extensão da fístula e do tempo de sua existência na cavidade bucal – diz-se na literatura que, quanto mais antiga a fístula, maior o grau de dificuldade e menor o índice de sucesso do procedimento cirúrgico).