Maxilar encurtado: entenda como corrigir o padrão de face curta.

O padrão de face curta ou também conhecido como maxilar curto ou somente face curta, pode afetar não apenas a aparência estética (diminuição da altura da face e a pouca ou nenhuma exposição de dentes ao sorrir), mas, também, a funcionalidade da boca, mastigação, respiração, articulação têmporo mandibular (ATM) e a saúde em geral do indivíduo. Atualmente, existem diversas soluções eficazes para corrigir esse problema e para restaurar a harmonia e a proporção da face e do sorriso do paciente.

Neste artigo, entenda as causas do padrão de face curta, ou maxilar encurtado, suas consequências e as opções de tratamento disponíveis. A correção do maxilar encurtado pode envolver uma variedade de técnicas, incluindo uso de aparelhos ortodônticos, cirurgia ortognática, cirurgia ortognática com mentoplastia óssea, mentoplastia óssea somente, plástica periodontal, reabilitação bucal estética com próteses, facetas em resina composta ou porcelana, lentes de contato dental e até mesmo terapias não invasivas. Cada caso clínico é único, por isso, é importante buscar a orientação de um especialista para determinar a abordagem terapêutica mais adequada para o seu caso clínico, conforme a gravidade que ele apresenta: leve, moderada ou severa. 

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O que é o maxilar encurtado?

O maxilar encurtado, padrão de face curta ou somente face curta, é uma condição em que a mandíbula ou o maxilar superior não se desenvolve adequadamente no sentido vertical, ou seja, em altura, resultando em um rosto que pode parecer desproporcional, mais curto do que os rostos classificados como “normais”, o padrão um de face (padrão 1). Essa condição pode afetar a estética facial, gerando um perfil de face menos atraente, com aspecto facial mais envelhecido e um sorriso não tão harmonioso pela falta ou nenhuma exposição dentária ao sorrir.

A estrutura do maxilar é crucial para o equilíbrio da face, quando existe o encurtamento, as proporções do rosto são alteradas, e isso pode gerar consequências na qualidade de vida do paciente, prejudicando a fala, a mordida, a respiração, causando desgastes nos dentes, dores nas articulações têmporo mandibulares (ATMs) e nas musculaturas que participam dos movimentos nas regiões da cabeça, face e pescoço. Além disso, o padrão de face curta, também pode prejudicar emocionalmente e socialmente o indivíduo, diminuindo a autoestima e aumentando sua insegurança em relação à aparência, pois, esta característica pode envelhecer em demasia a face da pessoa, a depender da sua gravidade, ou seja, conforme a quantidade da falta de crescimento do osso maxilar e/ou do osso mandibular no sentido vertical, haverá uma interferência substancial na altura e nas proporções dos terços superior, médio e inferior da face, assim como na qualidade estética do sorriso, com pouca ou nenhuma exposição dentária ao sorrir. Portanto, entender o que é um maxilar encurtado é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado.

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Causas do maxilar encurtado.

As causas da face curta podem ser variadas, geralmente incluindo fatores genéticos, ambientais e comportamentais. Se um dos pais ou algum antepassado familiar tiver essa condição, existem grandes chances de que os seus filhos também as tenham.

Além disso, hábitos como sucção de dedo ou uso prolongado de chupetas e mamadeiras poderão afetar o alinhamento dos dentes e o crescimento dos ossos maxilar e mandibular. Esses comportamentos, se não corrigidos a tempo, podem resultar em deformidades faciais nos sentidos vertical (altura) e horizontal (ântero-posterior) e problemas de desenvolvimento nas arcadas dentárias que necessitarão de intervenção profissional futura (cirúrgica ou não). 

A prevenção desempenha um papel vital na saúde dental, incentivar bons hábitos desde a infância poderão ajudar a evitar problemas futuros e garantir um desenvolvimento saudável dos dentes e dos ossos maxilar e mandibular. 

Diagnóstico do maxilar encurtado.

O diagnóstico do maxilar encurtado deve ser realizado por um profissional de saúde qualificado, como um ortodontista, mas, de preferência um cirurgião bucomaxilofacial. O processo de diagnóstico geralmente começa com uma avaliação clínica, onde o especialista examina a estrutura facial, a oclusão dentária, o sorriso e a simetria do rosto. Durante essa avaliação, são observados aspectos como a quantidade de exposição dos dentes ao sorrir, a largura do sorriso, a relação vertical (altura) e horizontal (ântero-posterior) entre os ossos maxilar e mandibular, a proporção entre os terços superior, médio e inferior da face, etc. 

Após a avaliação inicial, o profissional poderá solicitar exames de imagem, como tomografias computadorizadas, para obter uma visão mais detalhada da estrutura óssea. Esses exames ajudam a identificar detalhes de anomalias que não são tão visíveis nitidamente ao exame clínico e permitirão uma análise mais minuciosa do alinhamento, da posição e da simetria entre os ossos maxilar, mandibular e dentes nas orientações vertical, horizontal e em relação à linha média da face.

Com base nos resultados, o especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial poderá determinar o diagnóstico final e a sua gravidade, garantindo que o paciente receba a abordagem mais adequada às suas necessidades específicas diagnosticadas. 

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Cirurgia ortognática para corrigir o padrão de face curta.

A cirurgia ortognática é um procedimento cirúrgico que visa corrigir deformidades dento esqueléticas (dos ossos maxilar e mandibular) e melhorar a harmonia e a proporção facial e do sorriso. Esse tipo de cirurgia, no caso de pessoas diagnosticadas com a face curta, está indicada quando as mesmas apresentam um maxilar encurtado de forma significativa e que não obtiveram ou não obterão resultados satisfatórios com tratamentos menos invasivos, como a ortodontia ou a odontologia estética (reabilitações com próteses, facetas em resina composta ou em porcelana, lentes de contato dental). O objetivo principal é restaurar a funcionalidade da mordida e melhorar a estética e a harmonia facial através de um restabelecimento das proporções dos terços superior, médio e inferior da face nos sentidos vertical e horizontal. No caso da face curta, a preocupação maior se dará com a orientação no sentido vertical da face.

O processo cirúrgico envolve a realocação dos ossos maxilar e mandibular, maxilar somente ou mandibular somente executados com cortes no(s) respectivo(s) osso(s)  e seu(s) reposicionamento(s). A cirurgia é realizada sob anestesia geral e geralmente requer um período de recuperação que pode variar de semanas a meses, dependendo da complexidade do caso. Antes e após a cirurgia, poderá ser necessário o uso de aparelhos ortodônticos para garantir que os dentes se ajustem corretamente à nova posição dos maxilares.

Os resultados da cirurgia ortognática podem ser transformadores, proporcionando melhorias significativas na aparência facial, funcionalidade da mordida, respiração e aparência do sorriso. A decisão de realizar a cirurgia deve idealmente ser tomada sempre em conjunto com um profissional especializado e qualificado na área de cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.

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Conclusão.

A correção do maxilar encurtado, ou também conhecido como padrão de face curta ou somente face curta, é um processo que pode envolver vários tipos de tratamentos a depender da gravidade e das necessidades individuais de cada paciente. Seja através de cirurgia ortognática, mentoplastia óssea, aparelhos ortodônticos, reabilitações dentárias estéticas ou terapias não invasivas, existem muitas maneiras eficazes disponíveis para a sua resolução a depender única e exclusivamente da gravidade do caso clínico para a escolha da melhor opção de tratamento. É crucial que qualquer abordagem seja discutida com um profissional qualificado que possa fornecer orientações confiáveis, embasadas, detalhadas e personalizadas.

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