Tumores Odontogênicos em Crianças e Adolescentes

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Em um excelente artigo publicado na revista “Internacional Journal of Oral & Maxillofacial Surgery” de Junho de 2012, Servato e colaboradores, da Universidade Federal de Uberlândia (MG-Brasil), realizaram uma análise retrospectiva dos dados de três laboratórios de patologia do Estado de Minas Gerais, englobando os anos de 1954 a 2010. Foram analisados os dados somente de pacientes entre 0 (zero) a 18 (dezoito) anos, idades em que segundo a Convenção das Nações Unidas dos Direitos da Infância e Adolescência encontra-se o período entre o início da infância e o término da adolescência.

De um total de 52.083 biópsias da região oral e maxilofacial, 37,5%, ou seja, 431 biópsias, eram de pacientes crianças e /ou adolescentes.

Uma boa notícia é que 99,8% dos casos eram tumores benignos e 0,2% eram tumores malignos. Esses dados corroboram com outros estudos publicados anteriormente aonde esta investigação foi realizada em outros continentes, diferenciando-se apenas de dados coletados no continente Africano, aonde esses resultados, infelizmente, são maiores para a incidência de tumores malignos.

Ou seja, é sempre indicado realizar um acompanhamento radiográfico anual em crianças e adolescentes em virtude de que estes tumores originam-se e crescem de forma silenciosa e assintomática (sem dor). Chegam a atingir grandes proporções sem causar nenhuma alteração na forma e anatomia dos ossos da região oral e maxilofacial.

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