Preenchimento facial: PMMA (Polimetilmetacrilato) X Porex

unnamed

Uma pesquisa realizada por Medeiros C.C.G. e colaboradores, da divisão de Medicina Bucal da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), publicada no IJOMS (International Journal Oral Maxillofacial Surgery), de Janeiro de 2014, demonstrou a presença de inflamação crônica em quase todas as amostras analisadas após a injeção intravascular do material de preenchimento polimetilmetracrilato (PMMA) em ratos.

Ainda, nas amostras em que uma concentração mais alta do PMMA havia sido utilizada (30%), após 90 dias da injeção intravascular, os níveis de ALT no sangue, uma transaminase produzida pelo fígado, estavam aumentados, sugerindo alguma alteração na função hepática, quando comparado ao grupo placebo e ao grupo em que a concentração utilizada de PMMA foi somente de 2%.

Ou seja, este material de preenchimento facial, na maioria das vezes sendo a escolha do cliente devido ao menor custo em relação a intervenções cirúrgicas, e por não ser invasivo e não necessitar de internação hospitalar, é um material que apresenta riscos potenciais à saúde do paciente.

Por outro lado, o Porex (prótese de polietileno poroso de alta densidade), é 100% biocompatível com o corpo humano, não causando nenhuma reação de corpo estranho.

Vasos sanguíneos do organismo migram para as suas microporosidades, tornando-o um material inerte, ou seja, o organismo humano entende que a prótese faz parte dele, não a vê como um corpo ou material estanho. Portanto, em hipótese alguma, na presença do Porex, ocorre uma reação inflamatória crônica, com a possibilidade da presença de tecido de granulação (tecido que a reação inflamatória produz) no local.

O artigo somente enfatiza a qualidade e segurança das próteses de polietileno poroso de alta densidade (Porex) em comparação ao PMMA, um material de preenchimento facial utilizado atualmente, mas que tem seus benefícios constantemente questionados e pesquisados devido às consequências que têm apresentado no organismo dos pacientes.

Vale lembrar que, por mais simples o procedimento e mais barato (no comparativo), quando o assunto é saúde, o máximo de cuidado deve ser regra geral.

3 Comments

Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


*