Cirurgia Ortognática sob Anestesia Geral com ou sem hipotensão
Um grupo de pesquisadores (Carlos, E. e colaboradores) das Universidades Estaduais Paulista de Araraquara e Botucatu, analisaram a diferença entre a anestesia geral com e sem hipotensão em cem (100) pacientes submetidos a cirurgia ortognática bimaxilar (osso maxilar e mandibular operados no mesmo ato cirúrgico). Exatamente cinquenta (50) pacientes foram submetidos à anestesia geral sem hipotensão e cinquenta (50) pacientes foram submetidos à anestesia com hipotensão.
De fato, a anestesia geral com hipotensão mostrou ser a melhor técnica anestésica para os pacientes que se submetem à cirurgia ortognática bimaxilar porque:
- Nenhum paciente necessitou transfusão sanguínea (mesmo que através de autodoação) porque o volume de perda sanguínea com este tipo de anestesia foi significantemente menor.
- Não houve nenhum episódio de bradicardia (batimento cardíaco lento ou irregular) no momento da fratura do osso maxilar, enquanto houve bradicardia em vinte e quatro (24) de cinquenta (50) pacientes submetidos à anestesia geral sem hipotensão.
Exames laboratoriais para checagem dos índices de hemoglobina e hematócrito foram realizados no pré e no pós-operatório dos pacientes submetidos à anestesia geral com hipotensão, porém, não foi constatada melhora nestes índices se comparado aos dos pacientes submetidos à anestesia sem hipotensão. Estes índices reduzem de forma similar nos dois tipos de anestesia.
Enfim, a anestesia geral com hipotensão mostrou-se a melhor alternativa em virtude de reduzir significativamente o volume de perda sanguínea durante a realização da cirurgia bimaxilar e por não ocorrerem episódios de bradicardia durante a fratura maxilar da cirurgia.
Converse com o seu cirurgião e certifique-se se a equipe de Anestesiologistas que conduzirá a anestesia geral de sua cirurgia lhe proporcionará a melhor técnica anestésica possível para o seu caso clínico cirúrgico.