Alterações Sensitivas Após a Cirurgia Ortognática

Pesquisadores das cidades de Lovaina e Gante, na Bélgica, analisaram a incidência de parestesia pós-operatória em região de lábio inferior e mento (queixo) de 163 pacientes submetidos à cirurgia ortognática através da osteotomia sagital bilateral no osso mandibular.

O estudo que foi desenvolvido por Politis, C e colaboradores, dos Departamentos de Cirurgia Oral e Maxilofacial, encontraram dados similares a outros estudos já realizados e que corroboram com a importância de um correto diagnóstico e planejamento das osteotomias mandibulares, principalmente, as executadas nos pacientes com idades mais avançadas.

A cada ano do paciente operado, ocorre um aumento de 5% na incidência de parestesia pós-operatória em região do queixo e lábio inferior.

Outro dado importante é que quando a mentoplastia (genioplastia) é associada à osteotomia sagital mandibular, nestes pacientes, o índice de parestesia aumenta em 4,5 vezes.

 

A boa noticia é que, desse estudo feito com 163 pacientes, o índice de não ocorrência de parestesia é de 78,4%, ou seja, 127 pacientes não apresentaram nenhum relato de parestesia pós-operatória.

Dessa forma, fica a alerta para que o cirurgião questione a indicação da mentoplastia associada à osteotomia sagital mandibular nos pacientes de idade avançada.

Alternativas de descompensação ortodôntica para a cirurgia ortognática e movimentos do complexo maxilo-mandibular devem ser estudados para evitar uma mentoplastia, já que estes pacientes possuem uma maior incidência de parestesia devido sua idade, o que aumentaria em 4,5 vezes este índice, caso uma mentoplastia também seja indicada.

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