Fratura Óssea Cominutiva
A fratura óssea cominutiva, do verbo cominuir, que significa estilhaçar, fragmentar, dividir em pequenos pedaços, é aquela em que provavelmente devido ao impacto mais forte no momento da agressão, acidente, colisão, queda da própria altura, etc., a fratura óssea ocorrerá através de múltiplos fragmentos que apresentam-se nos mais diversos tamanhos (mais comumente pequenos), ou seja, são vários pedaços de osso fragmentado após o impacto.
Este tipo de fratura apresentará uma dificuldade maior para tratamento, caso, além dos múltiplos fragmentos, os mesmos tenham se deslocado de forma significativa, dificultando a aproximação e a união de todos durante a redução cirúrgica da fratura. Porém, algumas vezes, apesar dos diversos fragmentos presentes na fratura cominutiva, os mesmos não são deslocados de forma tão significatica, pois, são mantidos em seus lugares pelo periósteo (membrana celular que envolve o osso), facilitando desta maneira em muito a redução cirúrgica ou não cirúrgica da fratura.
Ainda, a melhor forma de diagnosticar o comportamento destes tipo de fraturas é através de exames de imagem com maior precisão de visualização dos ossos, em especial, nestes casos, estamos falando das tomografias computadorizadas com foco nos tecidos duros.
O tratamento da fratura de forma cirúrgica ou não cirúrgica, com ou sem bloqueio maxilomandibular (BMM) para a redução (reaproximação) dos ossos envolvidos na fratura ocorrida, deverá ser estabelecido conforme as imagens visualizadas na tomografia, não havendo a possibilidade de optarmos por diversas alternativas de tratamento no caso de deslocamentos mais significativos entre si dos múltiplos fragmentos, restando-nos, para tal, como única opção de tratamento, a redução cirúrgica e fixação interna rígida dos múltiplos fragmentos, com um apoio sempre em osso saudável em ambos os lados, assim, a mini placa e os mini parafusos de titânio reduzirão e tratarão a fratura de forma definitiva para um completo restabelecimento da função mastigatória e da estética do osso mandibular.
O que não pode haver em nenhuma forma de tratamento optada para estes casos clínicos é a micro mobilidade durante a cicatrização óssea, pois, isto acarretará em uma pseudoartrose entre os fragmentos, permitindo que a dor persevere e que muitas atividades funcionais e até mesmo prazerosas a serem realizadas com os ossos da face sejam abortadas pela ineficiência do tratamento optado.
Em suma, caso conduzidas de forma terapêutica adequada, o restabelecimento do(s) osso(s) fraturado(s) à normalidade será pleno e eficaz para QUAISQUER atividades funcionais e até mesmo estéticas dos ossos da face envolvidos e fraturados no impacto.